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PROJETO BOLSA DE ENERGIA |
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► em situações de seca prolongada, com o preço de liquidação de diferenças (PLD) estacionado em valores médios muito altos por um longo período, o volume financeiro transacionado pelo mecanismo de conciliação de diferenças (MCP) da CCEE tende a ser extremamente elevado;
► não existem mecanismos adequados de hedge para que os agentes se protejam do risco financeiro associado a secas prolongadas;
► o MCP da CCEE tem um modelo de pagamentos e garantias financeiramente frágil, em que alguns agentes podem ficar vendidos a descoberto sem depósito prévio de garantias.
As principais conclusões foram que em uma seca prolongada o MCP provavelmente se tornaria insolvente e que a solução para esta fragilidade financeira envolve alterações estruturais no modelo de comercialização de energia do atacado.
Devido à gravidade das constatações, o texto, publicado pelo Gesel em 2010, foi mantido em circulação restrita por alguns anos. Infelizmente, o texto acabou antecipando a crise do mercado atacadista brasileiro, que foi decorrência da seca prolongada iniciada em outubro de 2012, com duração de mais de seis anos.
Assista ao vídeo com uma explicação dos principais argumentos do TDSE 17, Risco financeiro de um período seco prolongado para o setor elétrico brasileiro. O texto original também está disponível para download, juntamente com a uma apresentação.
Referência Bibliográfica:
CASTRO, Nivalde de; BRANDÃO, Roberto. O Risco Financeiro de um Período Seco Prolongado para o Setor Elétrico Brasileiro. TDSE - Textos de Discussão do Setor Elétrico nº 17. Rio de Janeiro: GESEL/UFRJ, 2010.
