PROJETO BOLSA DE ENERGIA |
A partir de fins de 2012 o Brasil passou por um longo período em que, devido a uma sequência de anos com hidrologia ruim, o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), preço de curto prazo no mercado brasileiro, esteve durante muito tempo em patamares elevados, ultrapassando recorrentemente o custo da energia de novos projetos de geração. Isso ocorreu depois de um período de dez anos em que o PLD apresentou valores médios muito baixos, frequentemente ínfimos.
Definido por modelos computacionais, o PLD tem um comportamento altamente volátil. Pior do que isso, ele tende a extremos, alternando longos períodos de valores muito baixos com outros onde os valores médios são muito altos, raramente convergindo para o custo de produção. Por isso o PLD fornece um sinal econômico errático para os agentes do mercado de energia – um problema que no Brasil foi parcialmente contornado por um desenho de mercado baseado em contratos de longo prazo, que permite que os agentes se protejam em grande medida da volatilidade do preço de curto prazo.
Esta página apresenta um estudo sobre os preços de curto prazo em mercados elétricos internacionais e, particularmente, sobre o papel que a alta participação da geração a partir de fontes não despacháveis desempenha na dinâmica dos preços de energia.
Assista ao vídeo com uma explicação dos principais argumentos do TDSE 62, A formação do preço da energia elétrica: experiências internacionais e o modelo brasileiro. Também está disponível para download uma apresentação sobre o tema.
Referência Bibliográfica:
CASTRO, Nivalde de; BRANDÃO, Roberto; HUBNER, Nelson; DANTAS, Guilherme; ROSENTAL, Rubens. A Formação do preço da energia elétrica: Experiências internacionais e o modelo brasileiro. TDSE - Textos de Discussão do Setor Elétrico nº 62. Rio de Janeiro: GESEL/UFRJ, 2014.